4 de dezembro de 2020

As indústrias de alimentos estão sempre investindo para alcançar um shelf life satisfatório para a cadeia de distribuição de seus produtos, buscando diminuir perdas e devoluções e atender um mercado mais amplo.

A busca pelo aumento do shelf life existe desde que o homem deixou de ser nômade e passou a cultivar seus próprios alimentos, o que deu origem aos primeiros métodos de conservação, alguns dos quais são utilizados até hoje, como a fermentação e a salga.

O maior desafio na época era entender por que os alimentos estragavam, conhecimento bastante dominado hoje pelos profissionais da área. Já o desafio para os próximos anos é conseguir alcançar um shelf life desejado (ou podemos dizer necessário) sem o uso de aditivos.

O consumidor brasileiro está cada vez mais exigente com sua alimentação e muitos já aderiram ao conceito de saudabilidade no seu dia a dia, buscando também adquirir alimentos chamados de clean label, ou seja, livre de aditivos artificiais e com o mínimo de ingredientes.

Para atender essa demanda crescente, as indústrias precisam reduzir ou eliminar aditivos artificiais (ou mal visto pelos consumidores) e explorar mais o uso de aditivos ou ingredientes naturais e com apelo de saudabilidade. Essa tarefa não é muito fácil e exige investimento em estudos.

As indústrias de aditivos e ingredientes tem avançado muito neste sentido nos últimos anos, e hoje encontramos diversos produtos com apelo de saudabilidade que podem substituir outros mais tradicionais. Dois exemplos que gosto de citar são: o uso de conservadores naturais como extrato de alecrim em substituição ao sorbato de potássio (conservador artificial bastante utilizado pela indústria) e a substituição de corantes artificiais como o amarelo tartrazina por corantes naturais como o urucum.

Outro setor da cadeia produtiva de alimentos que vem apresentando inovações em busca do aumento do shelf life, e atendendo também a demanda do clean label, é a indústria de embalagens. Podemos encontrar no mercado hoje desde embalagens com ótimas barreiras a vapor de água para melhor conservação de alimentos desidratados (alimentos que são promissores neste cenário) até embalagens ativas que interagem com o alimento ou embalagens inteligentes que informam o consumidor através da mudança de cor quando o alimento já não está mais próprio para o consumo.

Encontramos ainda embalagens desenvolvidas em parceria com novas tecnologias de conservação, como é o caso de embalagens flexíveis resistentes para alimentos processados por alta pressão. Muitos desses alimentos não necessitam mais de aditivos para alcançar o shelf life desejado.

Fico muito satisfeita em perceber que esse avanço tecnológico na indústria de embalagem vem acompanhado do avanço na Cultura da Segurança de Alimentos. A cada ano, mais e mais indústrias de embalagens nos procuram para implementar normas de Segurança de Alimentos, resultando em uma maior segurança para a saúde dos consumidores.

E neste cenário, a Alimentar Consultoria vem auxiliando as indústrias de toda a cadeia produtiva de alimentos na reformulação de seus produtos, na implementação de normas de Segurança de Alimentos e na construção da Cultura de Segurança de Alimentos.

Conte com nossa equipe para inovar e superar as expectativas do mercado e de seus clientes..

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Texto escrito por nossa consultora Pamela Rossi.