26 de novembro de 2018

Há alguns anos trabalhei em uma multinacional que considerava a questão da segurança do trabalho como valor. No primeiro dia de trabalho já notei o significado que estas condutas tinham internamente e como isso “afetaria” o meu dia a dia. Tinha um cargo de gestão nesta empresa e minha integração foi muito focada no conceito de “gestores como exemplo”, ficando bem claro que segurança era uma questão de valor, de comportamento e não de prioridade ou regra.

Nos últimos anos tenho trabalhado em empresas do ramo alimentício, principalmente na implementação de Sistemas de Gestão para a Segurança de Alimentos (SGSA) e em poucos casos me deparei com empresas que tratam a Segurança de Alimentos como um valor e não somente como regra.

Antes de falarmos sobre o processo da implementação utilizando os diferentes conceitos, valor ou regra, gostaria de trazer algumas definições para esses termos que nos ajudará a compreender a diferença entre os mesmos:

  • Valor: “modo de preferência consciente” (Filósofa Agner Heller) e “uma crença em que o homem se baseia para atuar por referência” (Psicólogo Alpport).
  • Regra: “aquilo que regula, dirige, rege, aquilo que foi determinado, ou se tem como obrigatório, pela força da lei, dos costumes etc.; lei, princípio, norma” (Google dicionário).

Quando a implementação de um SGSA é baseada apenas nas regras de Segurança de Alimentos temos um cenário, por vezes, inseguro, baseado em cobranças e imposições, onde advertências são dadas aos colaboradores de forma rotineira e, em entrevistas, percebemos que dificilmente eles sabem explicar o porquê das regras que obedecem.

Já em um outro cenário, quando temos a implementação de um SGSA baseado em valores encontramos um sistema robusto e seguro, onde as atitudes dos gestores demostram a importância dos conceitos de Segurança de Alimentos e a empresa, de uma forma geral, demonstra o seu comprometimento através da infraestrutura, nas prioridades das ações, na quantidade e qualidade das reuniões e na capacitação de seus funcionários, dentre outras.

Nas empresas em que presenciei uma implementação eficaz do SGSA, além dos pontos abordados acima, essas empresas tinham gestores como exemplos e conscientização adequada dos colaboradores da operação, deixando claro o valor “Segurança de Alimentos”.

Uma conscientização adequada envolve bons e constantes treinamentos, que aborde exemplos práticos e reais, onde os colaboradores consigam levar para suas vidas pessoais estes “conceitos” e isto é evidenciado principalmente nas respostas das entrevistas e no comportamento observado ao longo da visita na fábrica. Mas além disso, e principalmente, alcança-se a conscientização quando o que se prega é genuíno, verdadeiro e real.

Desta forma, se você trabalha em uma empresa do ramo alimentício e pretende implementar um SGSA, sugiro que comece com os seguintes passos:

 

Mantendo essa forma de trabalho acredito fortemente que você terá em sua empresa uma Cultura de Segurança de Alimentos e não somente regras de Segurança de Alimentos.

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Por isso, acreditamos que um treinamento sobre Cultura de Segurança de Alimentos é pertinente e recomendado.
Agende conosco sua palestra de conscientização e tenha uma cultura de segurança de alimentos consolidada em sua empresa.

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Bom trabalho!

 

Texto escrito por nossa consultora Poliana Signore